terça-feira, 6 de julho de 2010

Comércio sob efeito “Copa do Mundo” cresce 0,1%


O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio cresceu 0,1% em junho em relação ao mês anterior (maio/10), já descontadas as influências sazonais. O resultado positivo do mês de junho foi puxado pela alta de 1,5% do segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática, cujo movimento varejista foi impulsionado pelo efeito “Copa do Mundo”, afetando especialmente a procura dos consumidores por aparelhos de televisão.

Todos os demais setores varejistas registraram recuo durante o mês de junho, sendo que as maiores quedas foram acusadas pelos segmentos de material de construção (-4,2%) e veículos, motos e peças (-4,1%). O fim dos incentivos fiscais do IPI reduzido tem sido crucial para a desaceleração da atividade varejista deste último setor.

Também no mês de junho, recuos menos pronunciados foram observados nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-2,1%); de combustíveis e lubrificantes (-1,1%), e de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,2%).
Na comparação anual, isto é, contra junho de 2009, a alta de 9,2% do movimento varejista foi puxada pelo segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática (crescimento de 14,2%) e pelo de material de construção (alta de 13,5%).

Pela primeira vez desde outubro de 2009, a taxa anual de crescimento da atividade varejista nacional ficou abaixo de 10%. Segundo os economistas da Serasa Experian, a elevação da base de comparação, uma vez que a economia brasileira começou a se acelerar a partir do final do primeiro semestre de 2009, e o próprio processo de desaquecimento econômico, que deverá dar a tônica para o segundo semestre de 2010, proporcionarão, com maior freqüência, taxas anuais de crescimento da atividade comercial inferior a 10%, daqui em diante.

Por fim, no acumulado do primeiro semestre de 2010, a atividade do comércio registrou crescimento de 10,7%, liderada pelos segmentos de veículos, motos e peças (18,7%), e de móveis, eletroeletrônicos e informática (18,1%), seguidos de perto pelo setor de material de construção (16,6%). Apenas o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou queda neste critério de comparação (-0,8%) para o período.

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