quinta-feira, 1 de julho de 2010
Inadimplência das empresas tem a maior queda desde 2004
A inadimplência das empresas recuou 10,9% em maio de 2010, na relação sobre igual mês de 2009. Foi a maior queda registrada na variação maio sobre maio desde 2004, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas.
Na relação acumulada, a inadimplência das pessoas jurídicas também apresentou queda. De janeiro a maio, o decréscimo foi de 9,3%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Considerando-se o acumulado dos cinco primeiros meses, também foi o maior recuo observado nesta variação, desde 2004.
Os economistas da Serasa Experian lembram que na base de comparação, nos primeiros cinco meses do ano passado os negócios sofreram muito com a baixa atividade econômica, em razão da crise financeira global. Hoje, a receita de vendas cresce, em decorrência da economia aquecida, o que tem facilitado a administração do fluxo de caixa das organizações, ressaltam os economistas.
Já na variação mensal (maio sobre abril), a inadimplência das empresas seguiu caminho oposto, e apresentou uma elevação de 1,6%. A alta é justificada pelo dia útil a mais no quinto mês do ano e pelo fato do indicador não estar dessazonalizado.
Na decomposição do Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, os protestos puxaram a elevação da inadimplência no resultado mensal (1,6%), contribuindo com um crescimento de 1,1%.
Valor médio das dívidas
De janeiro a maio, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 4.771,33, o que representou 3,5% de elevação, ante igual acumulado de 2009. Os títulos protestados, por sua vez, tiveram nos cinco primeiros meses do ano seu valor médio em R$ 1.610,17, com queda de 10,5%, na comparação com o mesmo acumulado de 2009.
Por fim, os cheques sem fundos apresentaram, de janeiro a maio, um valor médio de R$ 2.004,36, resultando em 38,6% de crescimento, sobre os cinco primeiros meses de 2009.
Análise por porte
Na análise por porte, pela comparação anual as grandes empresas tiveram queda de 19,8%, as médias 23,8%, e as micro e pequenas 9,7%. Na comparação com abril, as grandes empresas experimentaram uma evolução de sua inadimplência de 6,3%, as médias de 5,9%, e as micro e pequenas, de 1,3%.
No caso das grandes e médias empresas, o crescimento da inadimplência no comportamento do mês deve-se ao ajuste na demanda do consumidor (frente ao final da redução do IPI) e das dificuldades para exportar (mercado externo retraído e real valorizado).
Já as micro e pequenas possuem uma inadimplência menor, devido ao crescimento da economia e ao apoio dos recursos do BNDES. Para o terceiro trimestre, a expectativa é de que a inadimplência das empresas continue em queda, com a oferta de crédito evoluindo.
foto ilustrativa: sxc.hu
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