quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Contra crise, governo aumenta recursos do PAC em R$ 130 bi

Valor representa um aumento em torno de 26% na estimativa feita no lançamento do programa, há dois anos

Como parte da estratégia do governo para combater os efeitos da crise econômica, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anuncia amanhã um aumento de cerca de R$ 130 bilhões nos investimentos públicos e privados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até o final do governo. O valor representa um aumento em torno de 26% na estimativa feita no lançamento do programa, há dois anos.

Em entrevista às 10 horas no Palácio do Planalto, a candidata do presidente Lula para a disputa de 2010 enfatizará, segundo pessoas próximas dela, que o Estado não é parte do problema da crise, mas a solução. Por isso, a ordem é manter os investimentos e garantir o emprego e a renda.

Em uma série de conversas nos últimos dias, Lula e Dilma têm cobrado dos outros ministros maior empenho para acelerar o gasto do dinheiro previsto para as obras do PAC. Nos dois anos do programa, sobraram R$ 2,5 bilhões no caixa. O valor se refere a dinheiro colocado à disposição dos ministérios que não teve destinação alguma, por isso foi usado para pagar a dívida pública.

O Estadão informou, no último domingo, que só em 2008 a sobra chegou a R$ 1,895 bilhão, um problema que preocupa o presidente e seus assessores. "Este ano temos de gerar empregos e para isso precisamos gastar o que for preciso", disse Lula na reunião ministerial da última segunda-feira, na Granja do Torto.

Além desses valores, o governo anunciará nas próximas semanas os investimentos em infraestrutura nas 12 cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2014. O PAC da Mobilidade Urbana, como é chamado pelos técnicos do governo, prevê melhorias no acesso aos estádios. Também é aguardado o anúncio de um plano de habitação, que prevê a construção de um milhão de casas populares até 2010 e incentivos para o setor da construção civil.

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