terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dívida parcial deixada por Tebaldi ultrapassa R$ 100,6 milhões

Sergio Sestrem
reportagemjoinville@gmail.com
Fotos: Kamel Filho

"A situação é grave". Com essas palavras o prefeito Carlito Merss (PT) iniciou a coletiva de imprensa convocada para revelar a realidade orçamentária e a apresentação do balanço de 2008 da administração passada. Além de receber a prefeitura com o caixa negativo ultrapassando os R$ 4 milhões, o prefeito anunciou o tamanho do rombo financeiro deixado pela administração passada: o valor é R$ 100.632.572,52, somente da administração direta. Estão fora desta lista as fundações e autarquias municipais que deverão aumentar a lista até a próxima quinta-feira (5).

Do valor total da dívida, aproximadamente R$ 66 milhões poderão ter o empenho cancelado por não apresentarem nota fiscal. "Isso não significa que estes serviços não tenham sido prestados, todavia a Gerencia de Contabilidade está adotando uma nova prática contábil de cancelar estes empenhos que não tiverem comprovação fiscal", explicou o secretário da Fazenda, Marcio Florêncio. O restante, pouco mais de R$ 34,6 milhões, terá que ser pago pela nova gestão até o final do exercício de 2009.

Dívidas de autarquias e fundações tais como Hospital Municipal São José, Fundação Municipal de Esportes (Felej), Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas), Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), Funcação Cultural de Joinville (FCJ) e Conurb serão conhecidas ainda esta semana, mas de acordo com levantamentos preliminares deverão fechar as contas no vermelho. Apenas o Instituto de Previdência do Servidor Municipal (Ipreville) deve terminar com superávit, lembrou o prefeito Carlito Merss.

A dificuldade encontrada para encerrar o balanço consolidado de 2008 não é a única preocupação da atual gestão. "Encontramos duas prestações de contas atrasadas da administração anterior que ainda não foram atendidas referentes aos quinto e sexto bimestres do ano passado. A ausência dessas prestações de contas impede que o Tribunal de Contas emita certidões negativas em favor do município", comentou Florêncio.

Para complicar, os números referentes ao quarto bimestre foram entregue com inconsistência, segundo Carlito. "O balancete do quarto bimestre deverá ser refeito porque apresentava erros."

Apesar do tamanho da dívida, o prefeito Carlito Merss garantiu que recursos para saúde estão assegurados e que vai manter o foco no Hospital São José nos primeiros meses de sua gestão.

Balanço está sendo feito por pessoas de confiança da gestão anterior

O atraso na confecção do balanço de 2008 não tem nada a ver com a nova gestão que tomou posse há um mês. Muito pelo contrario. Segundo o secretário Marcio Florêncio o ex-secretario da Fazenda Nelson Corona ligou para acompanhar a realização do balanço. "Não poderia proibi-lo uma vez que ele e o ex-prefeito assinarão o balanço", comentou Florêncio.

Florêncio confirmou que todo o serviço continua sendo realizado pela mesma equipe que originariamente estava no cargo no ano passado. "A Gerência de Contabilidade que realizava estes balanços até o presente momento não sofreu nenhuma alteração", afirma.

"Todos os servidores, a começar pelos gerentes eram ou são pessoas de confiança da administração passada", explicou. "Não há nenhuma influência direta nossa na realização desse balanço. Até porque é um balanço de contas da administração passada", continuou Florêncio.

Secretário vai inspecionar sistema

O secretário da Fazenda, Marcio Florêncio, quer saber o que está causando o atraso nas declarações contábeis da prefeitura. Na próxima quarta-feira (4) a Gerencia de Contabilidade vai estar fechada para uma inspeção minuciosa nos procedimentos de operação do sistema Aporte, contratado ao preço de R$ 9 milhões pela administração anterior.

"Não consegui identificar de quem é a responsabilidade por este atraso e por esta dificuldade na realização do balanço. Eu tenho dúvidas se essa responsabilidade é do servidor que opera ou do sistema de informática, por este motivo vamos colocar o gerente da Aporte e funcionários frente a frente", explicou o secretário.

Eduardo Dalbosco, secretário do Planejamento afirmou que o sistema ainda está em desenvolvimento, que funciona em todos as repartições da administração municipal, mas que apresenta problemas apenas na Gerencia de Contabilidade da Prefeitura. "Nós temos um agravante para essa situação que é a qualidade da carga do sistema". Se, por exemplo, um dado vem com problema, um empenho sem correspondente autorização orçamentária, o sistema trava e emite um relatório de erro.

Para o prefeito Carlito Merss, o sistema é realmente muito rígido. "Ele é um sistema que exige senha e identifica responsáveis por qualquer informação contábil que for lançada. Pelo valor que foi investido, agora temos de corrigir eventuais erros e aperfeiçoa-lo", lembrou.

4 comentários:

Anônimo disse...

o povo podia ter aminizado isso em 2004 se nao tivesse eleito o tebalde,para nossos joinvillenses mistos ou de origem fica o recado,agora nós sucegamos?vamos pensar assim,aqueles q nao confiava em Carlito em 2004 deve de ter ouvido varias vezes sobre a briga com Luiz herrado da silva e a casan,ainda confiou no seu sucessor tebalde q já em 2003 brigou com o governador Luiz Herrado da Silva,a sujeira de hoje é culpa de quem elegeu o Tebalde,nao,nao diga q nao imaginaria,pois já na gestao de Luiz Henrique com Tebalde vice o Sao Jose era vergonhosa a crise e as escolas municipais nao davam mais uniformes e nao disponiam de materiais extras para os alunos fazendo os pais comprar tudo,fizeram da cidade um ponto turistico sendo q ela é polo industrial e deixando muita gente sem escolha de emprego,pensa,nem na praia q é turistica voce consegue emprego quanto mais uma cidade como joinville,a ideia de Luiz Henrique agradou a muitos,entre tantos outros abusos de poder de Luiz e Tebalde,meu povo votou na continuidade,eu choro por saber que meu povo só votou no Carlito porque estava magoados com o PSDB e o PMDB,me desepciono saber q somos uma maioria de individuais(cada um na sua),imagino agora estes mesmo cobrando do Carlito esta vergonha q muitos eleitores ajudou criar.um conselho,fiquem quietos,e continuem amantes do Futboll q serviu de destraçao pra quem nao vive a realidade e curta bem a ARENA do nosso saldoso JEC e desfrutem a vitoria do DEM na camara com o Sandro e nao esquesam o reporte e vereador Patricio q aguarda ancioso o seu carrinho alugado fazendo um silencio misterioso enquanto o seu Fiel Osni Martins(ant-petista) abre a bocanha em criticas à camara de vereadores fazendo parecer totalmente contrario,ate parece.

Unknown disse...

O ex-prefeito disse na TV que deixou as finanças bem e isso é uma perseguição política. É muita cara de pau. Para o ex-prefeito 2 + 2 não são 4. O Carlito tem que matar a cobra e mostrar o pau. Devemos banir esses políticos da vida pública para sempre. A dívida e as falcatruas devem ser divulgadas para o setor da "mídia séria" de Joinville. Eu disse "mídia séria" porque sabemos que existe um grupelho de pseudo-jornalistas e radialistas que estão sempre de prontidão para defender esses políticos. Tenho dito.

Claudinei disse...

Com certeza, não podemos eleger essa cambada de corruptos, o povo tem que se unir pra acabar com essa pouca vergonha. Não podemos eleger novamente uma pessoa que destruiu a cidade de Joinville. Boa sorte para o Carlito!
Um abraço!

Unknown disse...

Li no Jornal A Notícia que a gestão do Tebaldi foi criticada até mesmo pelo seu colega de partido o secretário de Educação do Estado Paulo Bauer, com relação ao descaso da municipalização dos CEIs. E também seu próprio exsecretário de Educação Sylvio Sniecikowski criticou fortemente o exprefeito.
Ora, se seus próprios aliados de partido criticaram a antiga gestão. Pegunto: Quem é que pode acreditar nesse exprefeito ?
Resposta: Somente os tres patetas e parte da mídia comprada de Joinville.