terça-feira, 17 de agosto de 2010

Justiça do Trabalho decreta rescisões indiretas no caso Busscar

foto: Paulo Caetano

A Justiça do Trabalho deu ganho de causa para o Sindicato dos Mecânicos que deu entrada em nome dos cerca de 400 trabalhadores da Busscar que decidiram pedir rescisões indiretas após a decisão da assembleia geral. Os juízes das cinco varas do trabalho decretaram as rescisões indiretas no final da semana passada. Com isso, o
Sindicato convoca a todos os trabalhadores que deram entrada em seus processos para que levem suas carteiras de trabalho amanhã, terça-feira, 17 de agosto às 14 horas na sede central do Sindicato (rua Luiz Niemeyer 184 –centro de Joinville).

Nesta reunião, o departamento jurídico atenderá esses trabalhadores que entraram com os processos, e também outros que precisam de orientações. A entrega das carteiras de trabalho é necessária para que o Sindicato as envie à Busscar para que a empresa dê a baixa na carteira e encaminhe todos os documentos para o seguro-desemprego e saque do FGTS depositado.

Os juízes deram prazos entre cinco e dez dias para que isso seja feito pela empresa. Assim os trabalhadores estão livres para tocar suas vidas, sacar o FGTS depositado ou ainda encaminhar o seguro-desemprego.

Para o presidente do Sindicato, João Bruggmann, essa é mais uma vitória dos trabalhadores diante do caos que a Busscar deixou em suas vidas. “A Justiça concedeu em prazo recorde a saída desses trabalhadores, tirando-os da escravidão em que estavam com salários atrasados, FGTS e tudo o mais atrasado e sem perspectivas, já que a empresa só queria que eles pedissem demissão, perdendo todos os direitos. Esse é mais um passo para que a Busscar se defina urgentemente. A sociedade espera uma manifestação final”, dispara Bruggmann.

Agora já são quatro salários em atraso, mais o décimo terceiro de 2009, e a empresa sequer atende seus trabalhadores. Graças a ação do Sindicato, os meses de abril e maio mais o décimo deverão ser pagos até o início de setembro, conforme informou a Justiça do Trabalho pela imprensa. Junho e julho terão outra possível ação judicial para que a Justiça determine também o pagamento.

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