sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Indústria catarinense reduz ritmo em junho, mas fecha semestre em alta


A indústria catarinense reduziu o ritmo de atividade no mês de junho, com queda de 4,2% no valor das vendas, de 0,6% nas horas trabalhadas na produção e de 1,4 ponto percentual na capacidade instalada. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (5) pela Federação das Indústrias (FIESC), mostram, contudo, que o ano de 2010 é de recuperação para a indústria do estado, que na comparação com o primeiro semestre de 2009 elevou as vendas (4,6%), as horas trabalhadas (6%), a remuneração paga aos trabalhadores (5,4%) e a utilização da capacidade instalada (+5,6 pontos percentuais).

"Apesar da redução no ritmo observada no mês de junho, os dados mostram que este é um ano de recuperação para nossa indústria em relação ao período de crise que tivemos no ano passado", diz o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma. "Porém, algumas questões, como o aumento do preço da energia elétrica, a substituição tributária adotada pelo governo do estado e as deficiências na logística preocupam o setor, pois podem afetar a recuperação e o crescimento no longo prazo", completa.

A queda nas vendas dos produtos da chamada linha branca (como geladeiras e fogões) puxaram para baixo o desempenho do setor de máquinas e equipamentos no estado, que em junho registrou queda de 27,3% em relação ao mês anterior. A forte queda das vendas no mercado interno explica esse desempenho. O setor de móveis, com queda de 13,2%, também influenciou negativamente os resultados das vendas industriais de junho.

Por outro lado, na análise dos resultados do primeiro semestre chama atenção o crescimento observado nas vendas dos segmentos produtos metálicos exclusive máquinas (42,2%), metalurgia básica (40%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (34,8%).

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